Meus dezoito anos!

sábado, 10 de setembro de 2011

Às vezes descobrimos coisas que jamais pensaríamos que iríamos descobrir nessa vida. São coisas tão fúteis, coisas que nos banalizam, coisas que nos deixam tristes, coisas boas, coisas que podem nos fazer felizes, coisas que podemos aprender a conviver, coisas que podem nos afetar, etc.
Mas de mim, eu descobri coisas que eu desconhecia de mim mesma, eu descobri meu lado egoísta, descobri meu lado sonhador.
Eu tinha uns seis anos de idade, quando comecei a construir meus sonhos, eu sonhava que tudo seria bom, que tudo seria conforme eu quisesse, mas eu era apenas uma garotinha. É, era não, ainda sou.
Aos meus doze anos de idade, descobri que os sonhos podem sim ser reais, que podemos sonhar alto sem medo de cair, basta seguir um passo de cada vez.
Aos meus quinze anos descobri que a vida pode te trazer pedras que irão ser enormes demais, que podem tentar acabar com o mundinho que eu construí, mas aos meus quinze anos eu também descobri que DEUS nos mostra o caminho e cabe a eu escolher o caminho, lembrando que cada caminho haverá uma conseqüência.
Aos meus dezesseis anos descobri que o amor pode não ser verdadeiro, que a traição dói que as pessoas usam máscaras. Descobri também que eu posso ser rejeitada pela pessoa que eu daria a vida. Descobri que as pessoas fingem tão bem, e eu boba sou capaz de acreditar. Mas eu sei que DEUS não deixaria eu me ferir tanto.
Aos meus dezessete anos, descobri a essência de um primeiro emprego, a essência da formatura, descobri quão belo é ver que os seus esforços não são em vão.
Aos meus dezoito anos, ai que lindo e trágico é os meus dezoito anos. É uma idade onde começamos a descobrir realmente o mundo lá fora, descobrimos as conseqüências das escolhas do passado. É a idade onde se tem vontade de realmente fechar os olhos e sonhar, sonhar com o meu lindo castelinho de cristal, ver que além dessa vida, há uma vida que me espera com paz e simplicidade.
Nesses meus dezoito anos, eu descobri que as pessoas vão me julgar pela minha aparência, que vão criar expectativas erradas de mim. Que elas ainda vão me fazer acreditar em palavras que não passam de farsas. Nesses meus dezoito anos, estou aprendendo que a vida é um jogo de cintura, com metamorfose ambulante. Que as lágrimas demoram a secar, que as feridas não se curam rápido, que promessas nem sempre são cumpridas. Que as pessoas que amo um dia podem me trocar, substituir-me. Nesses meus dezoito anos eu vejo quão bela é a vida, que eu não preciso reclamar, pois eu tenho tudo, apenas sou cega demais para ver isso, acho que o egoísmo toma conta de mim nessa parte. Eu me concerto com os meus próprios erros, fecho a lacuna da ausência de algumas pessoas, fecho a lacuna de um vazio dentro de mim causada por uma palavra, por pessoas que eu acreditei, querendo mais do mundo, querendo mais e mais, construindo mais sonhos. Sei que aos dezoito anos era para eu estar viajando, indo a festas, saindo com os amigos, namorando, sei que aos meus dezoito anos os sonhos são erros gravíssimos. Mas eu prefiro ser assim aos meus dezoito anos, uma menina sonhadora, que acredita que confia que sabe que as pessoas irão me magoar, prefiro perdoar, prefiro ficar em casa, prefiro ler um livro, ouvir uma música, ir à igreja, conversar com meus pais. Prefiro arrumar um emprego e fazer um curso. Não é questão que eu tenho recursos, não se enganem com isso, eu não tenho dinheiro, não vim de uma linhagem de família rica. Tudo o que eu tenho, é graças ao esforço dos meus pais. Não conviva comigo achando que ‘nado’ no dinheiro, e não me abandone achando que sou ‘rica’ e eu quero ‘conforto’, não se engane!
Eu sou simples, mesmo não parecendo. Eu vivo dos meus sonhos e não de diamantes e tesouros. Eu tenho simplicidade, tenho expectativas. Sou alto suficiente o bastante para ser feliz, não sozinha, mas eu posso conviver me concertando e aprendendo sozinha. Talvez nesses meus dezoito anos eu tenha aprendido ás vezes que as pessoas me abandonam por que criou uma visão errada de quem eu sou, acreditam que eu não sou humilde o suficiente para concertar meus erros, acreditam que eu levo uma vida ‘perfeita’ e pior acreditam que eu posso me curar rápido demais com as feridas que me causam, que eu posso preencher com rapidez o vazio que causam no meu coração.
Eu tenho apenas dezoito anos, e sou apenas um ser humano. Não sou eterna, e não sou DEUS, eu tenho defeitos, tenho lacunas e eu choro, eu sinto, eu tenho um coração. Então não pise em mim, não crie expectativas ou não se precipite antes de me conhecer de verdade. Não me faça acreditar que pode ser ‘para sempre’ se você não tem intenção de ficar. Não me faça acreditar e construir planos se você sabe que você pode ir embora sem ao menos dizer adeus, não me deixe criar expectativas que juntos seremos um só, se na verdade o tempo todo fui eu sozinha. Aos meus dezoito anos eu acredito em milagres, pois eu sei que sou um milagre que DEUS permitiu viver, um milagre que DEUS permitiu que lutasse até o final e sei que n’ELE eu tenho o meu refúgio secreto até que meu coração pare de bater.

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