Meus vícios – Leitura e versos

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Essa noite eu não consegui dormir muito bem, não sei se bateu saudades, se foi preocupação, se foi por que eu preciso de certas coisas e pessoas que eu não posso ter.
Então eu me lembrei de coisas que me faziam bem. Versos, poesias, músicas que rimas, de filmes que me fizeram ver que o amor é mais que promessas. Lembrei do seu sorriso, aquele que eu vi apenas algumas vezes mesmo não sendo pessoalmente, lembrei do ‘para sempre’ que dizíamos que iríamos termos juntos. Lembrei das coisas mais bobas e dos momentos mais bobos.
Então eu parei e percebi que eu tenho vícios, vícios que me amenizam a dor que me fazem sorrir e chorar ao mesmo tempo.
Eu sabia que esses vícios um dia me ajudariam. E quem disse que versos e leitura não ajudam? Não tranqüilizam?
Pode ser até que doa um pouco, pois lembram facilmente as lembranças que quero enterrar. Mas não dói como antes. É uma dor que me faz feliz. É estranho. Mas eu gosto dela.
Então eu me lembrei de versos, versos de Shakespeare, de Jorge Amado, de Renato Russo, Cecília Meireles. E me surgiram perguntas, perguntas que me fizeram chorar e que não me amenizou a dor. Lembrei de como seria se você estivesse por perto, e se a distância não existisse.
Você é parte de um dos meus vícios, o vicio de amar e de querer você por perto para me abraçar e me arrancar sorrisos bobos. Ou apenas segurar e minha mão e caminharmos juntos por ai. Ai esse vício e esses sonhos bobos.
Esses versos que me lembram dos velhos, das amizades que me fizeram bem. E essas leituras que me lembram de você, lembram da minha família. Lembram de como é bom ser amada. Lembram que a distância pode ser fatal. Ai que saudades eu tenho. Saudades de tudo o que se passou. Saudades de ouvir eu te amo, de ouvir que não desistiríamos.
Então eu vi e li novos versos:
“O amor é sofredor, é benigno, o amor não é invejoso, o amor não trata com a leviandade, não se ensoberbece; não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita o mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta; o amor nunca falha, mas havendo profecias serão aniquiladas; havendo línguas cessarão; havendo ciência desaparecerá;”
E eu percebi que não importa a distância ou se existe outro alguém, eu sempre vou querer o seu bem. O que importa é que você seja feliz, mesmo que não seja ao meu lado.
Mas ainda eu esperaria por você, esperaria até o fim para viver esse amor que eu sinto. Eu fugiria se você dissesse que ainda se importa, que ainda me quer por perto, fugiria para lhe encontrar e lhe abraçar e olhar nos seus olhos e dizer eu te amo e segurar em suas mãos e ir por ai, juntos. Como descrevem os versos e os livros que eu já li.
Então eu fechei os olhos e dormi, dormi calma porque pedi para Deus tomar conta de você, para Deus tomar conta das pessoas que eu amo. Pedi para Deus paz no seu coração e pedi para que Ele o traga felicidade, a qual eu não pude lhe trazer.

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